Seja no campo, nas escolas urbanas ou nos espaços de inclusão, há educadores que enfrentam desafios com coragem e esperança, cultivando o amor pela aprendizagem em cada aluno.
O girassol do campo
Na zona rural de Marabá, a professora Fabilene dos Santos Sousa, de 32 anos, aprendeu que ensinar é florescer mesmo em meio aos desafios, assim como o girassol, sempre de pé em qualquer tempo. Mãe de três filhos e apaixonada pela educação do campo, ela iniciou sua carreira em 2013, ensinando Língua Portuguesa na Escola João XXIII, na Vila Café, às margens da Ferrovia Carajás. Mas foi na alfabetização que encontrou sua verdadeira vocação, incentivada pela diretora da escola, que enxergou nela o talento para ensinar as primeiras letras. Desde então, Fabilene formou-se em Pedagogia, concluiu uma pós-graduação em Educação Inclusiva e passou a atuar na Educação Infantil.
Hoje, à frente da Escola Grota da Cutia, localizada na Fazenda Sagrada Família, a 126 km da sede do município, ela desenvolve o projeto “Gestor Proativo”, voltado à alfabetização na idade certa. Além disso, promove iniciativas em Libras e Inglês, ampliando as oportunidades de aprendizado para crianças da zona rural.


“Ser professor do campo é isso: ter uma rotina de muitos desafios, mas é ser resistente e nunca desistir. Pois é por eles que vai a nossa luta! Eu comparo o professor do campo com o girassol, que sempre está de pé diante de qualquer clima”, destaca Fabilene.
Mesmo morando em Marabá e passando a semana longe da família, ela afirma que aprendeu com seus alunos a amar e a ser mais do que uma educadora. “Aprendi com eles o verdadeiro sentido da resistência e do amor pela educação”, completa.
“Quero desejar um feliz Dia do Professor a todos os meus colegas de profissão, em especial aos do campo, aproveitando para afirmar que vocês não estão sozinhos, pois tem alguém que acredita na educação do campo e busca minimizar esse impacto, construindo muitos sonhos”, finaliza.
A descoberta da vocação
Por outro lado, a trajetória da professora Kátia Sirene, de 50 anos, é marcada por uma virada de destino e pela descoberta da paixão em ser professora da educação infantil. Mãe de dois filhos e avó de dois netos, ela trabalhou por dez anos como técnica de enfermagem antes de decidir cursar Pedagogia, em 2010, inicialmente apenas para obter um diploma de nível superior.
Durante o estágio, porém, descobriu que a sala de aula era o lugar onde realmente se sentia viva. “Eu só descobri a profissão dos meus sonhos quando já estava dentro da sala de aula sentindo tudo aquilo. É mágico! É incrível! Não tem como explicar, só vivendo para entender o que é a educação infantil”, relata.
Kátia revela que o segredo está em unir planejamento e ludicidade. “O professor precisa entrar na vibe das crianças. Tem dia de cabelo maluco, meia maluca, e tudo isso é aprendizado para eles e para nós também”, afirma.





“Não tem preço quando um aluno te vê na rua e grita ‘Tia Kátia!’. Esse reconhecimento é amor puro. É o que faz tudo valer a pena”, completa.
A convivência com as crianças também é uma forma de tentar ver a vida com mais suavidade. “Eles dividem, perdoam e começam de novo com facilidade. A gente, adulto, devia aprender com eles a viver com mais leveza”, recomenda Kátia.
“Eu quero dizer que você, professor, está de parabéns por sermos desta profissão tão honrosa, que ajuda tantas pessoas e que constrói o futuro de cada um. Quantas crianças levam a gente na lembrança para a vida toda, isso é gratificante! Feliz Dia dos Professores!”, parabeniza.
A inclusão como missão de vida
Natural de Igarapé-Açu/PA, o professor Renan Torres mora há 10 anos em Marabá e dedica sua carreira à educação inclusiva desde que entrou no curso de Letras/Libras. Formado pela Unifesspa, ele leciona há 6 anos e atualmente é professor de Português Escrito para surdos no CAES (Centro de Atendimento Especializado na Área da Surdez).
Sua aproximação com a comunidade surda começou durante a graduação, quando houve uma oportunidade de trabalhar no CAES, um desafio que fez Renan arregaçar as mangas e viver a educação especial na veia.


“Ensinar pessoas surdas exige metodologias totalmente diferentes, especialmente o Português escrito. Não é igual a ensinar a ouvintes. Muitas vezes eu me vejo como se fosse surdo, porque é uma imersão na língua e na cultura deles”, explica.


Renan vê na sala de aula uma missão de vida e um compromisso social. “O trabalho do professor da sala comum é difícil, mas o do professor da educação especial é em dobro. Precisamos lutar pela causa, incluir e resistir, porque se a gente não fizer, quem fará?”, afirma.
“Eu desejo um imenso e feliz Dia dos Professores e que esse dia seja um momento de luta para cada um de nós, pois ser professor no Brasil não é fácil, mas a gente não deve desistir, em especial aos professores da educação especial”, aspira Renan.
As trajetórias de Fabilene, Kátia e Renan mostram que o papel do professor vai muito além de transmitir conhecimento: é o de transformar realidades, inspirar futuros e plantar sementes que florescem por toda a vida.
Texto: Sávio Calvo
Fotos: Sara Lopes e divulgação
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